top of page

Sem pretensão

  • Foto do escritor: Renato Grinbaum
    Renato Grinbaum
  • 9 de mar. de 2016
  • 1 min de leitura

Raymond Chandler escreveu livros policiais que foram lidos por milhões, adotados por Hollywood mas jamais reverenciado como um clássico. Estetica e filosoficamente não diz nada, mas isto o torna um escritor inferior.


Não é fácil escrever uma trama envolvente e verossímil, num ritmo tão equilibrado. Chandler fez um livro que hoje é um chavão, mas não o era. Ele de certa forma criou ou ajudou a criar o estilo, e posteriormente seus seguidores o transformaram em um lugar comum.


O cenário é Los Angeles, o detetive é grosseiro e não tem medo de apanhar como 'Duro de matar', ele é desafiado por uma mulher linda e circula por ambientes obscuros, num mundo totalmente corrompido. Hollywood por excelência.

Na verdade, não sejamos tão pretensiosos. Não existe uma só literatura nem uma só arte. Uma boa história policial, bem contada como Chandler faz, sem as regrinhas previsíveis como muitos livros de Agatha Christie, são muito bem vindos. O problema está mais na nossa expectativa, ou naquilo que encaixamos em nossos formões pré-moldados. Não é um livro que se discuta. Deixemos falsas oposições de lado e procuremos as questões certas, o cerne dos problemas, o engano voluntário. Enquanto isto, ignoro falsos muros que por muito tempo me impediram de ter o prazer de uma leitura relaxada.

Comments


Destaque
Tags

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook B&W
  • Twitter B&W
  • Google+ B&W
bottom of page